160 anos do nascimento do Imigrante Petr Hušek
- Jonatha Husek
- 12 de jan. de 2023
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Há exatos 160 anos nascia Petr Hušek em um pequeno vilarejo agrícola de Bratříkov, pertencente à Vila de Louznice, na época pertencia ao império Austro-Húngaro, que atualmente pertence à República Tcheca.
Como uma singela homenagem ao meu antepassado, sendo mais específico, meu trisavô, elaborei esta postagem sobre sua vida e de sua família. Pedro, assim como foi usualmente renomeado após a chegada ao Brasil em meados de 1890, foi mais um imigrante que devido as guerras europeias do século XIX, e como consequência da situação socioeconômica europeia, decidiu, em conjunto com sua esposa Pauline, a desbravarem o “novo mundo”, imigrando para o Brasil em medos de 1890, embarcando no porto da cidade de Bremen – Alemanha no navio Baltimore, com destino ao Rio de Janeiro, e nesta travessia, que muitas vezes não era muito fácil, perdem seu primeiro filho Miroslav, o qual contava apenas um ano de vida.
Já no Brasil, em Porto Alegre, Pedro e Paulina tiveram mais duas filhas, Martha e Paulina, porém elas não conheceram a mãe, pois em meados de 1894 Paulina falece de Cólera em POA.
Pedro se destacava na habilidade de Alfaiate, qual havia cursado em Viena – Áustria, na época capital do Império Austro-Húngaro, uma academia de corte. Assim como muito dos imigrantes Alemães e Italianos, Pedro vinha do “velho mundo” preparado intelectualmente em um oficio. Por tanto, não se destacava na lida da colônia, mas sim nos cortes e costura de trajes masculinos e femininos. Deste oficio trabalhou por décadas, tendo sua primeira Alfaiataria em Porto Alegre, depois na Colônia de Santo Ângelo – Agudo e, por fim na cidade de Cachoeira.
Após a morte repentina de Paulina, casou-se ainda no mesmo ano da morte de sua primeira esposa, em 1894, com Olinda Kleinpaul, Brasileira, descendente de imigrantes Alemães, e de família da região da colônia de Santo Ângelo. Deste casamento tiveram os seguintes filhos: Pedro (1895); Otto (1896); Almiro (1898); Gentil (1900); Belmiro (1901); Adroaldo (1903); Deocilda (1908) e Célia (1909).


Em Cachoeira, local onde a família fixou raízes, manteve sua alfaiataria de corte e costura no estilo americano na rua Sete de Setembro, rua central da cidade, município o qual havia uma boa movimentação social e econômica na época, de forma que obteve maior admiração e procura pelo seu trabalho como alfaiate, infelizmente, são poucos os registro encontrados, mas em sua crônica de sua necrologia deixa bem claro o quanto era estimado no município. E muito me faz pensar, quando vejo fotografias de época, se tais trajes que vestem os personagens não teriam sido confeccionados por Pedro Husek.

Com o passar dos anos, veio ao seu encontro a doença, mas isto não lhe fez parar e nem perder as esperança de prover sua família, pediu incessantemente ao seu filho mais velho Otto, que continuasse com o oficio que havia aprendido ainda no “velho mundo” e que sempre trabalhasse e lutasse com perseverança para o sustento de sua família, e em 21 de abril do ano de 1917 faleceu aos 54 anos de idade após sofrer de um câncer no estomago. E seu filho Otto, assim como prometido ao seu progenitor, trabalhou e lutou sempre como alfaiate, assim como seu pai, até o último dia de sua vida, vindo a falecer em Dez. de 1956.

Em rápidas palavras tentei resumir a vida de um antepassado que lutou sempre para prover dias melhores para si e a sua família, deixando sua vida no “velho continente” Europeu, para buscar melhorias de vida no “novo mundo” – Brasil, o qual hoje tenho a honra de reconhecer, e lembra-lo nas memórias de família, pela luta que batalhou para manter viva sua família e sua história e, que hoje faz parte da minha.
Parabens pelo seu trabalho de pesquisa e pelo amor aos seus antepassados. Bjs